Secretária de Educação de Curitiba apresenta ao Pró-Paraná dados da gestão de rede com 132 mil alunos

Durante o diálogo com o Conselho Cívico, Cultural e Educacional do Movimento Pró-Paraná (Confira aqui), a secretária de Educação de Curitiba, Maria Sílvia Bacila, trouxe dados e iniciativas realizadas no município de Curitiba.

O sistema de educação do município é prioritariamente destinado às crianças pequenas, de 0 a 11 anos, ou seja Educação Infantil e Fundamental 1. Atualmente há 235 centros municipais de educação infantil (CMEIS) e 187 escolas em funcionamento no município, sendo que 11 ainda ofertam o Fundamental 2. No total, são atendidos 132 mil alunos, sendo 5 mil do Fundamental 2.

Desde 2008, o direcionamento nacional é que a rede municipal faça o atendimento até 11 anos.

A secretária de Educação explicou que, em 2017, houve um desafio para cumprir a universalização da pré-escola a partir dos quatro anos. Com isso, houve um período de redução de vagas de berçário e maternal. Mas Curitiba abriu 14 mil vagas e reorganizou o sistema de distribuição de vagas.

“Quando se fala de justiça social, precisamos ter uma régua com critérios que definam o que é vulnerabilidade social. Precisamos entender quantas são essas crianças que precisam de vagas na cidade de Curitiba”, observou ao descrever o sistema unificado no qual as famílias se cadastram.

O cadastro é aberto no primeiro dia letivo do ano e assim permanece até o 15 de novembro anualmente. Antes, algumas crianças chegavam a ficar de dois a três anos na fila de espera. Atualmente, segundo a secretária, o postulante a uma vaga que for cadastrado no início do ano é encaminhado para matrícula até a conclusão do ano letivo. “Distribuímos de maneira equitativa. Se não tenho vagas para todos, distribuo para os que mais precisam”, acrescentou, pontuando que o sistema de distribuição é auditável e acompanhado pelo Ministério Público.

Educação integral

Curitiba superou a meta do Plano Nacional de Educação (PNE), que traça que 25% das matrículas devem ser em educação integral. Na capital paranaense, esse índice chega a 48% dos estudantes. Além disso, 100% das escolas têm oferta de educação integral em pelo menos parte das vagas.

A cidade conta ainda com 37 Centros de Educação Integral (CEI), um modelo desenvolvido desde a década de 1980 e que oferece 100% de vagas integrais para crianças até 11 anos.

Outra inovação foi a instalação de uma escola montessoriana na rede municipal, a Zélia Milléo Pavan.

Iniquidades

No trabalho para superar os desafios, um dos principais focos é reduzir a taxa de distorção idade/série.

Segundo o censo, Curitiba é a capital que tem a menor distorção no país.

A taxa de alfabetização também é destaque. “Somos a capital, junto a Fortaleza, que conseguiu alfabetizar até o final do segundo ano (equivalente à primeira série) 70% das crianças, com nível 4 de leitura”, enfatizou, lembrando que o Ideb cresceu 82% no pós-pandemia em índice de proficiência .

Analfabetismo

O trabalho para reduzir o analfabetismo também é uma constante. Curitiba tem a menor taxa, junto com Florianópolis, chegando a 1,5% para pessoas acima dos 15 anos.

Nesse mesmo caminho, há o esforço para ensino da Língua Portuguesa aos migrantes. Com abertura de turmas que têm entre considerável parte dos alunos pais e mães de crianças que já estão na rede municipal de ensino.

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